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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Se toda a Escritura é inspirada, como em 1 Coríntios 7:12 Paulo diz estar apenas dando a sua opinião?

paulo
Paulo declarou a inspiração de toda a Escritura em suas epístolas (Gálatas 1:11-17; 2 Timóteo 3:16-17). Entretanto, em 1 Coríntios 7:12, ele parece dar a entender que estava escrevendo sob sua própria autoridade, e não com a do Senhor, pois diz: “Aos outros eu mesmo digo isto, e não o Senhor” (1 Coríntios 7:12). E então, será que os conselhos dados pelo Apóstolo em 1 Coríntios 7 não são inspirados?
É importante entender que em 1 Coríntios 7:12, Paulo está se referindo ao fato de que o Senhor Jesus não abordou especificamente essa questão quando falou sobre casamento e divórcio (Mateus 5:31-32; 19:4-12). Assim, o próprio Paulo aborda precisamente essa questão de uma esposa crente permanecer com um marido descrente. E Paulo não tinha dúvida alguma quanto a possuir o Espírito Santo nessa questão, já que ele disse claramente: “também tenho o Espírito de Deus” (1 Coríntios 7:40). Assim, essa passagem não pode ser usada para mostrar que Paulo estaria dizendo não ter autoridade divina.
Por fim, de modo claro Paulo afirmou sua autoridade divina nessa mesma carta, declarando que o que ele escreveu eram “palavras ensinadas pelo Espírito” (1 Coríntios 2:13). De fato, ele conclui a carta dizendo: “Se alguém pensa que é profeta ou espiritual, reconheça que o que lhes estou escrevendo é mandamento do Senhor” (14:37). Portanto, suas palavras no capítulo 7 devem ser consideradas em harmonia com essas enfáticas declarações.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

A NOSSA ESPERANÇA ESTÁ NO SENHOR


Há desespero na esperança humana. Nossos pilares não são suficientemente firmes para suportar os esbarros da vida. Tempestades borrascosas desabam sobre nós e, não raro, abalam nossas estruturas. Não somos suficientemente fortes. Nossa força, ainda que a mais robusta, não passa de consumada fraqueza. O nosso vigor físico, por mais exuberante, pode ser debilitado repentinamente por uma enfermidade agressiva. A estabilidade das riquezas é frágil demais para garantir-nos segurança ou proporcionar-nos felicidade. Os prazeres deste mundo e os deleites da vida, por mais variados e abundantes, não podem preencher o vazio de nossa alma. Nossas conquistas, diplomas e medalhas de honra ao mérito podem até massagear nosso ego por um tempo, mas não dão real e pleno significado à nossa vida. Ah, nossos amigos, por mais ilustres, não podem estar conosco para nos sustentar, quando cruzamos os vales profundos da sombra da morte. Nem mesmo nossa família pode nos acompanhar quando tivermos de atravessar os portais da morte. Precisamos de um refúgio verdadeiro e onipotente. Precisamos de um amparo seguro que nos agasalhe na hora da tempestade. Onde está esse refúgio? Não está na terra. Não está em nossa força nem em nossa sabedoria. Não está no dinheiro nem nos amigos. Não está em nós mesmos nem em nossa família. Nosso verdadeiro refúgio está em Deus. Nele está nossa esperança.
Por que Deus pode ser a nossa esperança?
Em primeiro lugar, porque ele nos criou e dele somos. Nossa vida não é fruto do acaso nem surgiu espontaneamente. Nossa vida não é resultado de uma evolução multi-milenar nem planejada apenas pelos nossos pais. Fomos criados por Deus. Foi ele quem nos formou de forma assombrosamente maravilhosa. Ele conhece cada célula do nosso corpo e tem bem contados cada fio de cabelo de nossa cabeça. Ele planejou nossa vida, pois nos amou antes mesmo de criar os céus e a terra. Somos dele por direito de criação. Porque ele nos criou e cuida de nós, pode ser o nosso refúgio.
Em segundo lugar, porque ele nos sustenta e nos protege. Deus não apenas nos criou, mas também cuida de nós. Nele vivemos, nos movemos e existimos. É ele quem nos dá respiração e tudo o mais. É ele quem nos guarda e supre nossas necessidades. É ele quem nos dá o pão de cada dia e preserva nossa vida. Nossa vida não está à deriva, jogada de um lado para o outro ao sabor das circunstâncias. Suas mãos dirigem o nosso destino. Ele nos cerca por todos os lados e põe sobre nós a sua mão. Ele é quem estende debaixo de nós seus braços eternos e nos carrega no colo.
Em terceiro lugar, porque ele nos perdoa e nos dá a vida eterna. Se fôssemos entregues à nossa própria sorte pereceríamos irremediavelmente. Nossos pecados são muitos e maligníssimos. Um só seria suficiente para nos manter fora do céu. Porém, Deus nos amou a tal ponto que deu o seu Filho unigênito, para morrer pelos nossos pecados e ressuscitar para nossa justificação. Ele não poupou a seu próprio Filho, para poupar-nos da condenação eterna. Ele moeu seu Filho na cruz, para suspender o castigo que devia cair sobre nós. Seu Filho morreu em nosso lugar para revelar-nos seu amor e sua justiça. Em Cristo temos pleno perdão e copiosa redenção. Dele recebemos a vida eterna e a garantia da salvação. Não precisamos temer o passado, porque já fomos perdoados. Não precisamos temer o presente, porque temos livre acesso à sua graça. Não precisamos temer o futuro, porque temos garantia da glória. Em Deus está a nossa esperança. Jesus é a nossa própria esperança. Nossa vida não é como uma descida ladeira a baixo, onde vamos lamentando e chorando, mas como um monte alcantilado, que vamos escalando, exultantes de alegria, porque a nossa esperança está no Senhor.

sábado, 20 de julho de 2019

 Uma frase sobre amizade diz que “antes de querer ter muitos amigos é preciso ser um bom amigo”. O que um bom amigo é capaz de fazer? O rei Salomão escreveu em Provérbios 17.17 que “o amigo ama sempre e na desgraça ele se torna um irmão”.

O apóstolo Paulo tinha esse amor pelas pessoas. Ele se preocupava em ajudar os outros e tinha certeza de que Deus o escolhera para servir anunciando a mensagem de Deus. Ele escreveu: “E Deus me escolheu para ser servo da Igreja e me deu uma missão que devo cumprir em favor de vocês. Essa missão é anunciar, de modo completo, a mensagem dele” (Cl 1.25). Ao anunciar o que Deus fez para salvar a humanidade, o apóstolo fazia isso com muito amor e alegria porque tinha certeza de que essa é a coisa mais importante que ele poderia fazer pelas pessoas.

Para muitas pessoas o plano de Deus ainda é um segredo. Por isso Deus chama e envia amigos de Deus que estão prontos para servir e anunciar a salvação em Jesus. Todo aconselhamento e ensino à luz da Palavra de Deus têm o objetivo de levar mais pessoas ao conhecimento da verdade, à vida com Deus neste mundo e no céu.

Colocar-se à disposição das pessoas para ajudá-las nos momentos difíceis é algo que somente um amigo de verdade pode fazer. Como é bom perceber que Deus coloca essas pessoas em nosso caminho também! O amor de Jesus move muitas pessoas a serem amigas umas das outras, estando sempre dispostas a servir com amor. Amigos assim são tesouros em nossa vida, pois são mensageiros da verdadeira paz e esperança.

Oremos: Jesus, obrigado pelos amigos que colocaste em minha vida e especialmente aqueles que estão sempre prontos para servir, levando o teu amor para mais pessoas. Usa-me nesse trabalho especial. Amém.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

A CRUZ DE CRISTO, ONDE A JUSTIÇA E A PAZ SE BEIJARAM





“Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram” (Sl 85.10).
O texto em tela aponta para Jesus, o Verbo que se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade. Destaca a consumação de sua obra na cruz, onde a justiça e a paz se beijaram. A crucificação era a pena de morte mais cruel no primeiro século. Só os criminosos mais execrandos eram punidos com esse gênero de morte. Jesus foi condenado à morte e morte de cruz, sob a acusação injusta de crime contra Deus (blasfêmia) e contra César (fazer-se rei). O poder religioso e o poder político se uniram para condenar Jesus à morte. Judeus e gentios fizeram uma aliança espúria para matarem o Autor da vida.
A morte de Cristo foi o maior crime da história e ao mesmo tempo o maior gesto de amor. Do ponto de vista humano, os homens o mataram com mãos de iníquos. Do ponto de vista de Deus, ele foi entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus (At 2.23). A cruz de Cristo tornou-se o cenário mais vívido para demonstrar o amor e a justiça de Deus. Naquele palco de horror, o amor de Deus foi despejado abundantemente, pois o Pai não poupou a seu próprio Filho, antes por todos nós o entregou (Rm 8.32). Deus nos amou de tal maneira que deu seu Filho unigênito (Jo 3.16). Deu-o para vir habitar entre nós. Deu-o para morrer por nós. Deu-o para levar sobre si os nossos pecados. Ao mesmo tempo, a cruz revela a justiça de Deus, pois na cruz o Pai puniu, no seu Filho, os nossos pecados. Cristo morreu pelos nossos pecados segundo as Escrituras.
Era impossível o homem pecador ser reconciliado com o Deus santo sem que seu pecado fosse punido e sem que sua culpa fosse removida. Pois Jesus se fez pecado por nós, carregando sobre o seu corpo, no madeiro, nossas transgressões. Deus lançou sobre ele a iniquidade de todos nós. Ao morrer por nós, em nosso lugar, morte vicária, ele pagou a nossa dívida, abrindo-nos os portais do perdão. Fomos justificados. Agora não pesa mais nenhuma condenação sobre aqueles que estão em Cristo Jesus. Em vez de culpa, temos toda a infinita justiça de Cristo, creditada a nós. Fomos reconciliados com Deus. Agora temos paz com Deus em relação ao passado, acesso à graça em relação ao presente e esperança da glória em relação ao futuro. Estamos quites com a lei de Deus e cobertos com a justiça de Cristo. A cortina que nos separava de Deus foi rasgada de alto a baixo. Fomos aceitos no Amado. Somos filhos e membros da família de Deus. Somos herdeiros de Deus e coherdeiros com Cristo. Nada nem ninguém pode separar-nos do amor de Cristo. Estamos seguros nos braços de Cristo. De suas onipotentes mãos ninguém pode nos arrebatar.
Na cruz de Cristo, a justiça e a paz se beijaram. A justiça foi feita, pois Deus puniu nosso pecado em seu Filho. Na cruz de Cristo, Deus reivindicou sua justiça e satisfez todas as demandas de sua lei. Ao mesmo tempo que ele é justo, também é o justificador daqueles que creem. Nós que éramos fracos, ímpios, pecadores e inimigos de Deus fomos aproximados pelo sangue de Cristo e, por isso, temos paz com Deus. A cruz é o cenário onde houve esse bendito encontro da justiça e da paz. Ali a justiça e a paz deram as mãos. Ali a justiça e a paz se beijaram, selando a nossa eterna redenção.
Não por outra razão, o apóstolo Paulo, o grande bandeirante do cristianismo, disse: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo” (Gl 6.14). Ainda: “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1Co 2.2). Que o nosso coração renda louvores a Deus, pela mensagem da cruz! Que nos gloriemos na cruz de Cristo, em nossa jornada rumo à glória!
Rev. Hernandes Dias Lopes

domingo, 10 de fevereiro de 2019