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quarta-feira, 25 de junho de 2014

                             As três testemunhas



Jesus nos comissionou a testemunharmos sua palavra e ordenou que fôssemos por todo o mundo pregando o evangelho a toda criatura (Marcos 16.15).

 Cristo também nos enviou para fazermos discípulos (Mateus 28.19) e nos prometeu que seríamos suas testemunhas (Atos 1.8). O curioso é que, em Atos 1.8, vemos que os discípulos somente se tornariam testemunhas depois que recebessem o poder do Espírito Santo. Em João 3.5, lemos que, além do Espírito, há outra coisa que a testemunha necessita – a água: “Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”. O próprio João, por sua vez, nos afirma que além do Espírito e da água, há um terceiro elemento fundamental para que alguém possa se tornar uma verdadeira testemunha de Cristo: o sangue. João escreveu o seguinte:

“E três são os que testificam na terra: o Espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito” (1 João 5.8).

João nos ensina que a verdadeira testemunha deve trazer em si esses três elementos: o Espírito, o sangue e a água. Analisemos, portanto, desvendando o original, o que é ser testemunha de Cristo e qual é a sua relação com o Espírito, a água e o sangue.

Em grego, a palavra testemunha é “martureo”, que se relaciona com “martus”, traduzido por “mártir”. Em primeiro lugar, concluímos que a verdadeira testemunha é aquela que está disposta a entregar sua vida pela causa do evangelho. O verdadeiro cristão, aquele que realmente quer atender ao chamado de Cristo, deve ter em si o ardente desejo de anunciar o evangelho, custe o que custar. Isso envolve um sério risco de perseguição e morte. Ser uma testemunha é verdadeiramente perder a vida por Cristo, como está escrito: “Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á” (Marcos 8.35). A verdadeira testemunha não se importa em perder sua vida pelo evangelho, pois ela crê na palavra que diz: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (João 11.25). A verdadeira testemunha vive com esta promessa gravada em seu coração, pois para ele, “viver é Cristo e morrer é lucro” (Filipenses 1.21), porque não é mais ele quem vive, mas Cristo que vive através dele (Gálatas 2.20). Paulo é um excelente exemplo da verdadeira testemunha, pois entregou sua vida e tudo que tinha pela causa do evangelho.

O termo grego “martureo” também se relaciona com “mermera”, que significa “zelo” ou “problema”. Isso porque o cristão que é zeloso é um portador do testemunho de Cristo, e isso gera ódio no inimigo, que tentará por todos os meios eliminar esse emissário da Palavra de Deus. Assim, a testemunha zelosa está sempre gerando problemas para o reino do inimigo e, por isso, vive em constante embate com as trevas.

Jesus já nos havia avisado sobre essa perseguição: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia” (João 15.18-19). Quem vem para Jesus para ser amigo de todos e busca viver uma vida tranquila, está enganado. O descanso é a nossa recompensa, e não o nosso chamado. Nós fomos chamados para arrombar as portas do inferno (Mateus 16.18) e levar cativos aqueles que estão no cativeiro do inimigo (Efésios 4.8). É por isso que a palavra grega para “testemunha” (martureo) também traz a ideia de “estar ansioso” (mermairein), pois o verdadeiro cristão está sempre ansioso por revelar Jesus àqueles que anseiam ardentemente pela revelação dos filhos de Deus (Romanos 8.19). Esse é o verdadeiro cristão. Essa é a testemunha.

Agora, analisemos a função do Espírito, da água e do sangue no chamado da testemunha. O Espírito é aquele que concede poder às testemunhas (Atos 1.8). Esse poder a orientará sobre tudo o que a testemunha deve fazer e por onde ela deve andar. Em hebraico, as palavras “espírito” (ruach), “viajar” (‘arach) e “caminho” (‘orach) estão todas relacionadas, porque o Espírito é o vento que conduz no caminho, como em João 3.8: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito”. O Espírito é quem estabelece o itinerário da testemunha, mostrando-lhe o caminho em que deve andar. Se em hebraico a Lei (torah) é a seta que aponta (yarah) para o caminho (‘orach) e uma pá (rachat) que abre caminho (‘orach), o Espírito (ruach) é aquele que dá poder (koach) à testemunha para que ela possa andar no caminho e brilhar como uma lua (yerach) que reflete a verdadeira luz e traz o aroma (reyach) suave de Cristo (2 Coríntios 2.15). Essa é a capacitação que o Espírito concede à testemunha. 

A água também exerce função especial no ministério da testemunha. Em hebraico, a palavra “água” é “mayim”, relacionada ao mar (yam). O curioso é que a palavra hebraica para água (mayim), na primeira vez que aparece na Bíblia, está associada ao Espírito: “A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas” (Gênesis 1.2). Assim, vemos que essas duas testemunhas - o Espírito e a água - estão unidas desde a criação. Isso porque o Espírito conduz a testemunha pelo caminho sobre as águas, assim como Cristo e Pedro, que juntos andaram sobre as águas (Mateus 14.29). Andar sobre as águas significa andar sobre a palavra, pois a água representa a purificação feita pela palavra, como em João 15.3: “Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado”.

Além disso, a água e o Espírito, unidos, representam o novo nascimento, pois como vimos, “quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus” (João 3.5). O novo nascimento nas águas e o batismo com o Espírito faz com que a pessoa deixe de ser um “homem natural” (1 Coríntios 2.14) e se torne um “homem espiritual” (1 Coríntios 2.15). Essa transformação, feita pela união entre água e Espírito, está relatada em Romanos 12.2: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

Após receber o Espírito e a água, a testemunha tem acesso à verdadeira vontade de Deus. Aquele que é nascido através da vontade de Deus (João 1.13) tem acesso à vontade de Deus e descobre que a vontade do Senhor é a santificação (1 Timóteo 4.3), e aprende que quem faz a vontade do Eterno permanecerá para sempre (1 João 2.17). Isso porque a vontade de Deus é que todos sejam salvos (1 Timóteo 2.4). Andar sobre as águas, através do Espírito, significa, portanto, conhecer e viver a vontade de Deus.

A palavra “água”, na verdade, aparece não somente no segundo versículo da Bíblia, mas no primeiro. Quando lemos em Gênesis 1.1 que Deus criou os “céus” e a terra, o termo traduzido por “céus” é “shamayim” que pode ser lido como fruto da união entre as palavras “fogo” (‘esh) e “água” (mayim). Ou seja, em hebraico, o céu é o local da habitação do fogo e da água. Assim, quando a testemunha recebe o Espírito, que sempre é acompanhado pelo fogo purificador (Mateus 3.11), e a água, ela se torna um cidadão celestial, um embaixador (Efésios 6.20) da Nova Jerusalém. Espírito, fogo e água fazem da testemunha um fiel portador das coisas do alto.

Andar sobre as águas também significa andar sobre o desconhecido. Ainda que houvesse pescadores entre os judeus, o mar era um lugar desconhecido e temido na cultura judaica. Isso fica claro quando vemos a semelhança entre os termos hebraicos “mayim” (“água”), “yam” (“mar”), “ayom” (“terror”, “medo”), “eymah” (“horror”, “pânico”), “eymiym” (“terrores”, também nome de uma tribo cananeia composta por gigantes citada em Deuteronômio 2.10). A água, portanto, faz com que a testemunha vença o medo do desconhecido e passe a viver o sobrenatural de Deus.

Voltando a Gênesis 1.2, veremos que o Espírito pairava sobre as águas, e abaixo das águas havia o abismo. Quando o Espírito nos conduz a andar sobre as águas, nós cruzamos o abismo que há entre a morte e a vida. Esse abismo só pode ser cruzado antes da morte, para aqueles que receberam a salvação de Cristo. Após a morte, este abismo não pode ser cruzado, como Jesus nos ensinou na parábola do rico e Lázaro (Lucas 16.20-31).

Os bruxos que seguem os escritos de Aleister Crowley, o maior satanista do século XX, utilizam a “árvore da vida” da cabala como forma de seguir uma iniciação esotérica até cruzarem o abismo, quando passam a ter plena comunhão com os demônios. Veja como o inimigo está sempre querendo imitar as coisas de Deus e corromper as verdades bíblicas. É impossível cruzar o abismo sem caminhar sobre a água da palavra e ser conduzido pelo Espírito Santo. Quando o bruxo “cruza o abismo”, sua vida passa a ser completamente dominado por demônios. Quando a testemunha de Cristo cruza o abismo, ela se torna um com Jesus.

Por fim, há o sangue. Se em grego sangue é “aima”, em hebraico é “dam”, palavra que tem um gama de significados, cada um expressando uma verdade espiritual. Em hebraico, “sangue” (dam) se relaciona com “Adão” (‘adam) e com “semelhança” (demuth), a mesma palavra usada em Gênesis 1.16, onde se lê que o homem foi feito à semelhança de Deus. Assim, quando a testemunha recebe o sangue (dam), ela retorna ao estado de Adão (‘adam) antes da queda, tornando-se semelhante (demuth) a Deus. Ela se torna parecida com Cristo, assim como um filho que se parece com seu pai. Recebe o poder de ser feito filho de Deus, pois crê no seu nome (João 1.12) e permanece em Cristo (João 15.5), cumprindo seus mandamentos (João 14.15). Sem o sangue (dam) o cristão é cortado (demiy), fica mudo (damam), pois não consegue pregar a Palavra. Com o sangue, o Cristão está vivo, pois a vida está no sangue (Levítico 17.11).

O sangue nutre as células, protege o corpo, retira as impurezas, transporta hormônios e regula a temperatura. Assim também o sangue de Cristo nutre a testemunha, a protege, limpa e não permite que se esfrie. É uma capacitação para a verdadeira testemunha de Cristo.

Que você possa ser capacitado por Cristo para se tornar uma testemunha fiel da verdade do Evangelho e da soberana vocação de Cristo (Filipenses 3.14), em Nome de Jesus!

quinta-feira, 12 de junho de 2014

         "Namoro Cristão"



    
A juventude é a fase dos sonhos da robustez, da energia , força física ,das grandes oportunidades etc.
Apesar das contritas pressões e desafio na fase da 
juventude, é possível agradar e levar Deus á sério;
vejamos um dos temas que fazem parte da vida dos jovens:

NAMORO
Definição: é um período de conhecimento mútuo de duas personalidades entre duas pessoas do sexo oposto, com a finalidade de irem para um possível casamento; é o primeiro passo para o casamento.

OBJETIVOS DO NAMORO
Sendo uma fase de conhecimento é preciso que o jovem saiba que este conhecimento não é físico, e sim, cultural, psíquico, temperamental, espiritual, e do caráter, em fim, tudo que se diz respeito da personalidade do outro.
“ Portanto procure conhecer bem ele(a) hoje para não se arrepender amanhã".


                                   CONSELHOS PARA OS JOVENS SOBRE O NAMORO

A) A oficialização do namoro é muito importante; cuidado com o namoro “clandestino”.

B) Cultivem o hábito de orar e ler a Bíblia juntos.

C) Evitem namorar todos os dias; nunca namorem em lugares escuros e desertos, ”a famialidade gera desrespeito”.

D) O namoro não deve ser longo de mais ou curto de mais.
E) Quando surgir dúvidas ou problemas, procure conselheiros idôneos, de confiança e cristãos.

F) Evitem carícias no namoro; evitem a todo custo.

G) Ao saírem para passear procurem ir a lugares aonde vão se divertir, mas para glória de Deus.

H) Não se esqueça: santidade –Comunicação – Sinceridade – e compromisso, são palavras de ordem no namoro.

A IMPORTÂNCIA DO NAMORO.

Uma pergunta que é constantemente feita nos seminários que realizo para jovens: Porque é importante namorar?

                                                          Eis algumas razões:
  •  É nesse período que se dá o processo de verbalizar sentimento; o dialogo é indispensável no namoro.
  •  Início do ajustamento conjugal, cultural, psíquico, temperamental, emocional e espiritual.
  •  Deus usa esse período para transmitir lições para jovens, porque o namoro tem dimensões espirituais para os espirituais.
  •  Deus também usa para moldar o caráter de seus filhos.
  •  É importante namorar, porque deve ser usado como espécie de teste do sentimento de ambos por isso que não é recomendável que o namoro seja curto, é preciso tempo suficiente para provar da colides e verdade dos sentimentos dos namorados. Por outro lado, o namoro não deve ser longo de mais: “A familiaridade gera o desrespeito.”
A diferença de amor e paixão

Amor - É algo que cresce e se desenvolve.
Paixão - É repentina, aparece num momento.
Amor - Baseia-se no compartilhar mútuo.

Paixão - Baseia-se na satisfação egoísta.
Amor - Concentra-se em uma pessoa como alvo.
Paixão - Tem dificuldade de amar uma só pessoa.

Amor - Caracteriza-se por segurança e confiança.
Paixão - Caracteriza-se por insegurança e ciúmes.

Amor - Compreende que o físico é uma parte do amor.
Paixão - Compreende que o físico é o centro e o mais importante.Amor - Há respeito mútuo.
Paixão - Há exploração ou manipulação por parte de um.
AMOR - Seus ideais se baseiam na realidade de sua personalidade e possibilidades.

Paixão - Seus ideais se baseiam em fantasias.
AMOR - O amor os leva a crescer conhecer e ajustar-se.

Paixão - As emoções são inconstantes, sente amor e repudio uma vez ou outra.
AMOR - Ajunta-se e buscam o melhor para o outro.
Paixão - Há competição para ver quem tem a última palavra.

QUANDO O NAMORO SE TORNA MUNDANO OU CARNAL

Se alguém me pergunta: Qual o maior problema entre os casais de namorados hoje em dia?
Eu responderia: A infiltração carnal e mundana no namoro dos nossos jovens.Vejamos os passos que levam os jovens a prática da fornicação e do adultério no namoro:
CARINHO- CARÍCIAS - PERMISSIVIDADE E DESCONTROLE.“Será que você pode carregar fogo no colo sem queimar a roupa?”.“Será que você pode andar em cima das brasas sem queimar os pés?” (PV. 6.27-28).

RAZÕES PARA NÃO PRATICAR O SEXO ANTES DO 
 CASAMENTO

Infligem ás leis divinas. (1Ts. 4.3.8/ Co. 3.16.)

Interrompem á comunhão com Deus.

Prejudica a comunhão do casal.

A atração física suplanta o amor.

Acarreta risco de contrair doenças venéreas.

Leva a um comportamento sexual vicioso.

Transforma-se em um caminho de fácil experiência

extraconjugal.

Desperta o sentimento de inferioridade.

Desfaz o encanto do relacionamento físico no contexto do

casamento.

Faz nascer um ressentimento e corrói o respeito.

Destrói a confiança e suscita o medo de comparação.

Há risco de uma gravidez indesejada.

Mancha a reputação.

Estremece o relacionamento entre país e filhos.

Em casos de rompimento, este será mais doloroso.
Autor - pastor

 Isaias silva 


Fonte Original: http://www.ofuxicogospel.com/2013/04/dicas-arrasadoras-sobre-namoro-cristao.html#ixzz34OWGJHc3

domingo, 1 de junho de 2014

Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
  
"Sacrifícios e ofertas tu não quiseste, mas um corpo tu tens preparado para mim; em todos os holocaustos e sacrifícios pelo pecado tu não tens tido prazer. Então eu disse: Eis que me agrada fazer a tua vontade, ó Deus (no rolo do livro está escrito a meu respeito)" [Traduzido da Septuaginta*] (Salmo 40.6-8 – 1000 a.C.).
"Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas. Ora, todo sacerdote se apresenta dia após dia a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecados; Jesus, porém, tendo oferecido para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus, aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés. Porque com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados" (Hebreus 10.10-14).
Neste artigo, você terá que usar toda a sua capacidade intelectual, porque os argumentos e a lógica que esses estudiosos do Velho e do Novo Testamentos usam para apresentar o Messias como uma pessoa divina que se revestiu de um corpo humano, em certo ponto da História, são tão profundos e tão fascinantes que você não desejará perder qualquer nuance de seu significado.
Deus se Torna "Carne"
Para muitos adoradores dedicados do Deus Jeová, é a própria essência da blasfêmia dizer que houve uma época em que Ele se revestiu de um corpo humano e viveu aqui na terra como homem por um período de tempo. No entanto, existem profecias específicas no Velho Testamento que indicam que muitas coisas aconteceriam quando o Messias viesse à terra.
O Salmo 40 é uma dessas passagens proféticas as quais aludem à encarnação, dizendo que Deus não tem alegria real em holocaustos e sacrifícios, mesmo que eles tenham sido os meios ordenados por Ele para tratar com o pecado e suas conseqüências na época do Velho Testamento. O salmista predisse que haveria uma época quando Deus não exigiria mais sacrifícios. Haveria uma época quando Deus prepararia um corpo para o Seu Prometido que haveria de vir e fazer a vontade de Deus na terra. Já temos visto através de muitas profecias que Aquele que haveria de vir não é ninguém, senão o próprio divino Messias de Israel.
Uma interpretação judaica muito antiga no Midrash sobre a genealogia do Messias faz uma referência ao Salmo 40, e diz que o próprio Messias está falando através do salmista. O escritor da epístola aos Hebreus cita da Septuaginta grega o texto do Salmo 40.6-8, e o usa como base para o clímax do seu argumento a fim de convencer os seguidores hebreus de Jesus de que a Sua morte sacrificial cumpriu e, portanto, anulou o sistema mosaico de sacrifícios de animais.

Nenhum Sacrifício É Necessário Agora
É impossível para nós, hoje em dia, percebermos o impacto total causado por uma afirmação como essa sobre pessoas cujas vidas se desenvolviam em torno do sistema de sacrifícios de animais e do perdão temporário de pecados que por eles obtinham. A fim de crerem nessa verdade de que os sacrifícios de animais não precisavam mais ser oferecidos, o escritor de Hebreus tinha que lhes apresentar uma prova muito convincente de que isso era de fato assim, partindo da própria Escritura que eles conheciam.
Um dos principais argumentos que ele usa é o Salmo profético de número 40, o qual está centralizado no fato de que Deus prepararia um corpo para Aquele que viria para fazer a vontade de Deus. Como já era de se esperar, existe uma disputa acirrada sobre a frase do Salmo 40 que diz: "...um corpo tu tens preparado para mim." No texto hebraico oficial, o masorético, esse texto diz outra coisa: "Tu abriste meus ouvidos". No entanto, a Septuaginta, a versão grega do Velho Testamento (250 a.C.), traduz a frase como "um corpo tu tens preparado para mim."
A melhor evidência disponível indica que ambas as traduções são bem antigas e genuínas. Então, por que há diferenças entre elas?
A melhor explicação é que os homens que traduziram o Velho Testamento hebraico para a Septuaginta grega, por volta de 200 a.C., parafrasearam o significado dessa porção do Salmo 40. Esse tipo de paráfrase é conhecida como targumizar, e era uma prática comum de tradução de escritos bíblicos. A paráfrase não nega o significado das palavras originais; ela apenas coloca o sentido do texto em expressões idiomáticas ou conceitos que são mais familiares à audiência da época.
Esse é o caso da frase "abrir ou perfurar as orelhas de alguém". A frase está relacionada com a submissão completa e voluntária de alguém a outra pessoa. A idéia é expressa esplendidamente em Êxodo 21.2-6, onde se discute o caso de um escravo que ama seu mestre e se voluntaria para ser seu escravo durante toda a vida. Moisés instrui o mestre a perfurar a orelha do escravo com um objeto pontiagudo, de tal forma que isso permaneça como um sinal de que ele voluntariamente decidiu servi-lo durante toda a vida.
Assim, o perfurar ou traspassar de uma orelha era um sinal e um símbolo da apresentação voluntária de si mesmo como escravo eterno. Essa idéia foi interpretada e parafraseada na Septuaginta pelos estudiosos do hebraico como "preparaste um corpo para mim", porque essa era a idéia grega que correspondia a total submissão, e com tal expressão os leitores gregos da Septuaginta estariam bem mais familiarizados.

O Sacrifício Que Satisfez
Se o Messias deveria vir e habitar em um corpo especial que Deus havia preparado para Ele, qual seria o propósito de tal feito?
Existem muitas facetas conectadas à resposta dessa pergunta. No entanto, o objetivo primário da encarnação era que Deus pudesse colocar sobre Ele, um homem sem pecado, os pecados de toda a humanidade. Então, o corpo desse homem especial, separado por Deus como cumprimento do cordeiro sacrificial, poderia sofrer a penalidade do pecado que é a morte, de tal maneira que Deus poderia aceitar Sua morte como substitutiva de cada homem que cresse em sua eficácia a seu favor.
Isso é o que Isaías tinha em mente quando profetizou que "o Senhor fez cair sobre ele (o Messias) a iniqüidade de nós todos" (Is 53.6). Isso também é o cerne de tudo o que os escritores do Novo Testamento ensinaram sobre o papel de Jesus como "o Cordeiro de Deus". Pedro escreveu: "...sabendo que não foi mediante cousas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos por amor de vós..." (1 Pe 1.18-20).
Sacrifícios Inerentes ao Judaísmo
O conceito de um substituto sacrificial pelos pecados de outro estava inerente ao judaísmo antigo, ainda que não seja predominante no judaísmo de hoje. Os antigos expositores rabínicos podiam claramente entender a mensagem do Salmo 40, de que holocaustos e sacrifícios de animais não eram o plano desejado e final de Deus em Suas tratativas com os pecados do homem.
O escritor do livro de Hebreus, um homem totalmente imerso em todos os ensinos do judaísmo, realmente mostrou que os sacrifícios de animais da lei mosaica eram inadequados:
"Ora, visto que a lei (de Moisés) tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das cousas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente eles oferecem. Doutra sorte, não teriam cessado de ser oferecidos, porquanto os que prestam culto, tendo sido purificados uma vez por todas, não mais teriam consciência de pecados? Entretanto, nesses sacrifícios faz-se recordação de pecados todos os anos, porque é impossível que sangue de touros e de bodes remova pecados" (Hb 10.1-4).
A lógica aqui é irrefutável. Se os sacrifícios de animais realmente pudessem perdoar pecados, as pessoas não teriam necessidade de serem continuamente relembradas de que seus pecados eram somente temporariamente cobertos pelos sacrifícios de animais. Era necessário haver um sacrifício que não somente cobrisse o pecado, mas que o destruísse, de uma vez para sempre, deixando de ser uma barreira entre o homem e Deus.
                                
Os Bens Vindouros
Quando o escritor de Hebreus disse que a lei era somente uma sombra dos "bens vindouros" e não a sua realidade, ele estava pensando na solução permanente que Deus havia planejado, a de trazer Seu Cordeiro-Messias a este mundo, e, de uma vez por todas, julgar o pecado no Seu sacrifício substitutivo. O plano de Deus era acabar com todo o sistema de

sacrifícios e de satisfação diária de Sua justiça ofendida pelo homem; e, ao fazê-lo, acabar também com a necessidade da lei externa e ritualística de Moisés.
Já que o Messias de Deus, Jesus, cumpriu o Seu papel como Aquele que leva o pecado do mundo, Deus agora está livre para perdoar os pecados dos homens puramente na base da fé deles nesse sacrifício permanente. Ele pode agora escrever as Suas leis divinas nos corações dos homens; Ele pode vir e viver dentro deles na pessoa do Seu Santo Espírito, e assim capacitar os homens a obedecerem às Suas leis motivados pelo amor e pela gratidão.
Jesus, o Messias, era "o bem" vindouro. Como o salmista disse a respeito dEle: "Oh! provai, e vede que o Senhor é bom" (Sl 34.8). 


Então vi um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia.
Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu marido.
Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: "Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus.
Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou".
Aquele que estava assentado no trono disse: "Estou fazendo novas todas as coisas! " E acrescentou: "Escreva isto, pois estas palavras são verdadeiras e dignas de confiança".
Disse-me ainda: "Está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem tiver sede, darei de beber gratuitamente da fonte da água da vida.
O vencedor herdará tudo isto, e eu serei seu Deus e ele será meu filho.

Apocalipse 21:1-7

(Hal Lindsey - http://www.ajesus.com.br)
* A Septuaginta é a versão do Velho Testamento hebraico para o grego, que foi feita por setenta e dois estudiosos rabínicos. A obra de tradução foi completada no ano 250 a.C.
Hal Lindsey