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domingo, 18 de novembro de 2018

Como manter uma igreja viva?

 
Uma das passagens mais dramáticas da Bíblia é Isaías 1:10-20, onde o profeta repreende a Igreja do Antigo Testamento, chamando seus líderes de príncipes de Sodoma e Gomorra, cidades famosas pela devassidão e iniquidade. O povo de Deus havia se corrompido ao ponto de Deus não mais ter qualquer prazer em receber o culto e a adoração dele. Infelizmente, esse quadro de decadência e corrupção da Igreja de Deus neste mundo se repetiu por muitas vezes através da história. Nestes períodos o povo de Deus esfria em sua fé, endurece o coração, persevera no pecado e serve de péssimo testemunho ao mundo.
Nosso dever como Igreja e cristãos individuais é evitar que a decadência espiritual entre em nossas vidas. Existem quatro coisas que podemos fazer para evitar o declínio espiritual da Igreja, com a graça de Deus:
(1) Tratar o pecado com seriedade. Nada arruina mais depressa a vida espiritual de uma comunidade do que permitir que os pecados dos seus membros permaneçam sem ser tratados como deveriam. Lemos na Bíblia que quando Acã desobedeceu a Deus, toda a comunidade sofreu as conseqüências. Nossos pecados não são problema: mas os nossos pecados ocultos, escondidos, não confessados, arrependidos, se constituem um tropeço espiritual, que entristece o Espírito de Deus, e acaba se espalhando pela Igreja e envenenando os bons costumes e a fé.
(2) Zelar pela sã doutrina. A verdade salva e edifica a Igreja, mas a mentira é a sua ruína. O erro religioso envenena as almas e desvia o povo dos retos caminhos de Deus. O Senhor Jesus criticou severamente a Igreja de Pérgamo por ser demasiadamente tolerante para com os falsos mestres que infestavam a comunidade com falsos ensinos (Apocalipse 2.14-15). Da mesma forma, repreendeu a Igreja de Tiatira por tolerar uma mulher chamada Jezabel, que se chamava profetiza, e que ensinava os membros da Igreja a praticar a imoralidade (Apocalipse 2:20). Devemos ser pacientes e tolerantes, mas nunca ao preço de comprometermos o ensino claro do Evangelho.
(3) Andar perto do Senhor da Igreja. É Deus quem nos mantém firmes e puros. A Bíblia diz que se nós nos achegarmos a Deus, ele se achegará a nós. A Bíblia também nos ensina que Deus estabeleceu os meios pelos quais podemos estar em contínua comunhão com Ele. Estes meios são: os cultos públicos, as orações e devoções em particular, a leitura e a meditação nas Escrituras, a participação regular na Ceia do Senhor. Cristãos que deixam de usar estes meios acabam por decair espiritualmente, como uma brasa que é afastada da fogueira e logo perde seu calor. A negligência destes meios de graça abre a porta para a acelerada decadência espiritual e moral de uma Igreja.
(4) Estar aberta para reformar-se. O lema das Igrejas que nasceram da Reforma foi “Eclesia Reformata Semper Reformanda”. Ou seja, a Igreja deve sempre estar aberta para ser corrigida por Deus, arrepender-se de seus pecados e reformar-se em conformidade com o ensino das Escrituras. Nas cartas que mandou às igrejas da Ásia Menor através do apóstolo João, o Senhor Jesus determinou às que estavam erradas a que se arrependessem e retornassem aos retos caminhos de Deus (Apocalipse 2.5,16,21; 3.3,19). Elas precisavam ser reformadas e mudar o que estava errado. Existe grande perigo para uma igreja quando ela se fecha em si mesma, e deixa de ouvir a voz do seu Senhor, que deseja corrigi-la e traze-la de volta aos caminhos do Evangelho.
Estas medidas devem também ser aplicadas a nós, individualmente. Deveríamos procurar evitar a decadência espiritual da nossa prática religiosa, mantendo acesa a chama da fé pela freqüência regular aos cultos, pela leitura diária da Bíblia, por uma vida de oração e comunhão com outros irmãos. Infelizmente, por negligenciarem sua vida espiritual, muitos cristãos estão contribuindo para enfraquecer o testemunho das igrejas evangélicas no mundo.

domingo, 13 de maio de 2018

  OS DIAS DE NOÉ E OS DIAS ATUAIS.

 
E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem (Mateus, 24.37-39).

No seu sermão escatológico, Jesus faz menção a muitos sinais que precederiam a sua vinda; entre eles está os dias de Noé. Jesus se refere aos dias de Noé como exemplo de uma sociedade degenerada,  entregue ao pecado e desapercebida das coisas de Deus. Jesus adverte que a sociedade atual estaria vivendo do mesmo modo que a sociedade antediluviana, totalmente entregue ao pecado e sem temor a Deus.

COMO ERA O MODO DE VIDA DA SOCIEDADE DA ÉPOCA DE NOÉ?

CÉTICA.
Uma sociedade descrente, alienada de Deus, vivendo de modo egoísta, voltada para os prazeres mundanos. Eles não acreditavam na pregação de Noé, nem tão pouco no Deus que Noé servia.

MATERIALISTA.
Uma sociedade sem temor a Deus, voltada para as coisas materiais, vivendo de acordo com o sistema secular da época, totalmente despercebida e desprovida das coisas espirituais.

CORROMPIDA (degenerada, entregue ao pecado).
A maldade da sociedade antediluviana havia se multiplicado, e toda imaginação dos pensamentos e do coração eram mal. A sociedade estava degenerada e totalmente entregue ao pecado.

COMO ESTÁ VIVENDO A SOCIEDADE ATUAL?

Com a multiplicação do pecado, a maldade do homem também se multiplicou. Comparando os dias de hoje com os dias de Noé, a sociedade atual está muito mais pervertida e degenerada pelo pecado.
O mundo atual tem uma população de mais de sete bilhões de pessoas, a modernidade trouxe muitas novidades, e o mundo secular ficou mais atrativo para o pecado. A semelhança da sociedade antediluviana, a sociedade atual está vivendo de modo materialista, cética e voltada para os prazeres mundanos. A sociedade atual está cega espiritualmente, totalmente pervertida e desapercebida quanto a volta de Jesus. Assim como os antediluvianos foram pegos de surpresa e pereceram pelas águas do dilúvio; do mesmo modo ocorrerá com está sociedade atual, será surpreendida com vinda do Filho do Homem, e sofrerá o juízo de Deus.
Na época de Noé todos pereceram no dilúvio, exceto Noé e sua família. E hoje, como escaparemos do juízo de Deus, se não atentarmos para nossa salvação na pessoa do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A arca foi o meio de salvação para o povo da época de Noé, e eles rejeitaram. Hoje a arca representa Cristo, o nosso único meio de salvação, e muitos estão o rejeitando.
Não rejeite a Cristo o Salvador, mas escape desta geração perversa e busque em Deus a sua salvação. Porque assim como foi nos dias de Noé, será também a vinda do Filho do Homem. Jesus breve vem. Amém! Maranata!

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

As situações em que se encontrava Nínive quando Deus a julgou

As situações em que se encontrava Nínive quando Deus a julgou
Naum 3.1-19

Introdução
1.Nínive era cruel demais com seus inimigos, torturando-os antes de matá-los, arrancando-lhes a língua, vazando-lhes os olhos.

2.A derrota de Nínive se deu por mãos divina: Os medos e babilônios sitiaram a cidade por dois anos, quando inesperadamente, a inundação do rio Tigre derrubou uma parte do enorme puro protetor e, assim, o exército entrou e conquistou Nínive.

3.Naum profetizou isso 20 anos antes (Na 2.6). Os muros de Nínive tinham 30 metros de altura e eram
bastante largos. Havia 1500 torres de vigia para a defesa. Uma vala de 50 metros de largura por 30 metros de profundidade circundava a cidade.

4.O capítulo 3 de Naum revela quais foram os motivos porque Deus destruiu a cidade. 150 anos antes Deus perdoou a cidade porque esta ouviu a mensagem de Jonas e se converteu.

Antes do juízo de Deus há situações que prevêem a queda
As situações em que se encontrava Nínive quando Deus a julgou

I.A situação de mentira, violência e roubo (v.1-3)
1.Nínive conquistava as cidades torturando os seus cativos. A violência é uma covardia, pois não deixa chance para as pessoas se defenderem a não ser com mais violência. Portanto, violência gera violência (v.1).

2.Nínive era uma cidade mentirosa no comércio e nos julgamentos. Os poderosos se estabelecem, muitas vezes, sobre a mentira. A mentira é um desvio do caráter e se não for corrigida logo se transforma em estilo de vida. Além da violência e mentira Nínive vivia do roubo, pois se enriquecia com os despojos das nações (v.1).

3.Esse é um aviso para uma sociedade. Quando a mentira, a violência e roubo são parte da sociedade, o juízo pode estar próximo. Individualmente, também, precisamos observar se não somos mentirosos, violentos e fraudulentos nos negócios.

4.Nínive ouviria os inimigos e os cavaleiros matando sem cessar o povo ninivita. Sofreram a violência que tanto os divertiu.

II.A situação de prostituição e feitiçaria (v.4-7)
1.Nínive atraía muitas pessoas por causa de suas riquezas e construções elegantes, mas também, por causa das prostituições. Uma sociedade está chamando juízo para si mesma quando há um incentivo à degradação sexual (v.4).

2.A feitiçaria é um pecado que afronta Deus diretamente, pois só Ele é o doador da vida e quem se envolve com feitiçaria se envolve, também, com a necromancia e ninguém tem o poder de lidar com aqueles que já partiram deste mundo. Nínive desfazia reinos seduzindo os moradores com sua prostituição e feitiçaria (v.4).

3.As sociedades estão em decadência quando o espiritismo e a prostituição são permitidos por detrás de fachadas aparentemente lícitas como o mundo artístico que promove os dois pecados sem nenhuma censura, pois conseguiram abolir a censura.

4.Assim como Nínive incentivou a prostituição, Deus a envergonharia expondo a sua nudez ao mundo. Os povos buscavam em seus feiticeiros o consolo para as suas doenças e problemas, mas agora, fugirão do juízo que está em Nínive (v.5-7).

5.O crente deve fugir da prostituição e de tudo o que é imoral. A nossa fé está alicerçada na Pessoa de Jesus Cristo e, portanto, fugimos de toda a idolatria e feitiçaria, também.

III.A situação semelhante ao Egito (v.8-10)
1.Parecer-se com o Egito em sua glória era o desejo de todas as nações, mas Nínive está parecida com o Egito em sua queda. A cidade de Nô-Amom ganhou este nome por causa de Cão, filho de Noé e Amom, que era como chamavam Júpiter, um planeta que era adorado. Portanto, era uma cidade idólatra e totalmente protegida pelo mar Mediterrêneo, o Mar Vermelho e o rio Nilo (v.8).

2.Nínive era semelhante a Nô-Amom, pois era protegida pelos grandes rios Tigre e Eufrates. A sensação de segurança faz as pessoas serem arrogantes, mas é uma falsa sensação e um sintoma de que a queda está próxima.

3.Os habitantes da Mauritânia (os de Pute) e os líbios eram o refúgio de Nô-Amom, assim como todo o Egito e a Etiópia. Não havia, aparentemente, nada a temer. Estavam totalmente protegidos, mas não suportaram os caldeus. Nínive, também, estava em perigo, mas pensava que estava totalmente protegida (v.9-10).

4.Não apenas a mentira, a violência, o roubo, a prostituição e a feitiçaria são prenúncios de queda, mas a arrogância como o Egito são um forte aviso de que o juízo está por vir.

IV.A situação irremediável (v.11-19)
1.Poucos têm medo que a sua situação esteja chegando a um ponto de ser irremediável. Sempre se pensa que ainda a queda é algo muito longe e que não precisamos nos preocupar. Satanás engana aqueles que estão caindo.

2.Nínive será embriagada com o cálice da ira de Deus. Assim como um bêbado foge, temendo os seus inimigos imaginários, Nínive fugirá, mas de inimigos reais, os caldeus e os medos (v.11).

3.A cidade de Nínive era muito famosa por suas fortalezas e muralhas. Mais de 1500 torres de proteção serão insuficientes, pois embora os exércitos não tinham acesso, o rio Tigre se tornou incontrolável com sua enchente e acabou derrubando uma parte da muralha, deixando a cidade vulnerável. Os muros balançaram como figueiras com figos maduros. Os inimigos não fizeram nada além de receberem o presente do rio Tigre e conquistarem a impenetrável Nínive (v.12).

4.Os soldados ninivitas são como mulheres, ou seja, não oferecem resistência e as portas estão escancaradas diante dos exércitos. Não havia remédio para Nínive. A situação se tornou irremediável (v.13).

5.A situação é desesperadora, pois é como se Nínive podia, agora, diante da invasão, amassar barro para fazer tijolos e consertar a muralha para se proteger. Não há nada que se possa fazer para segurar as águas quando estas chegam (v.14).

6.O exército de Nínive era muito grande e se multiplicava como os gafanhotos, mas morrerão como os gafanhotos pelos exércitos da Babilônia e da Média (v.15).

7.Nínive era a capital da Assíria, muito forte no comércio, mas os seus negócios nada serão diante do juízo de Deus, pois os exércitos inimigos serão como uma nuvem de gafanhotos que devora uma plantação, ou seja, todas as riquezas de Nínive serão roubadas (v.16).

8.O profeta Naum continua com a ilustração dos gafanhotos e diz que os príncipes serão como os gafanhotos que estão nas plantações na noite fria, mas quando vem o calor voam e não aparecem mais. O povo de Nínive ficará sem liderança no momento mais crítico de sua história. Quando a situação se torna irremediável não há líder que possa ajudar. Os problemas e pecados devem ser tratados, pois tudo fica mais difícil quando a situação se torna crítica e quase sem solução (v.17).

9.Nínive se tornou como ovelhas esparramadas nas montanhas enquanto os pastores dormem e não cuidam. Alguém sob o juízo de Deus está em perigo constante, pois está desprotegido do Sumo Pastor (v.18).

10.A situação de Nínive é irremediável. Tantos os que sofreram nas mãos dos assírios estão se regozijando. 150 anos atrás, o profeta Jonas aplaudiria, também. Nínive foi má para todos e, agora, todos vêem a sua queda (v.19).

Conclusão
1.Baseado nos exemplos bíblicos e até na observação podemos ver que antes da queda sempre há avisos e sintomas. Nínive, por exemplo, já estava dando sinais gritantes de sua queda. A mentira, a violência, a prostituição, a feitiçaria e a semelhança com o Egito fizeram que a situação se tornasse irremediável.

2.Cada pessoa deve, diante de Deus, observar se sua vida está dando sinais de uma possível queda. Cada pessoa deve perceber suas tendências para ver se essas não a estão levando a uma situação irremediável.

Pércio Coutinho Pereira, 03/04/2004